sexta-feira, 17 de julho de 2009

Comentários de colunistas sobre o contexto politico regional e nacional

César Santos – Jornal de Fato

Taí. Gostei de Lula. Ao chamar os senadores de “pizzaiolos”, ele disse exatamente o que todo brasileiro gostaria de dizer e não tem chance. Um sarro com os desqualificados. Representou o sentimento da nação. Com única ressalva: as pizzas produzidas no Congresso têm na sua receita as marcas do próprio Lula. O que o presidente fez – aí reconhecemos a sua coragem ou frieza – foi curtir com a cara dos que são pagos por ele para fazer a sujeira. Ou seja, os caras fazem o que Lula quer e são malhados pelo próprio presidente. Poucos, ou quase nenhum governista reagiu. Não tem moral para tanto. Coube ao líder da oposição, o democrata José Agripino, falar em defesa do Senado. Vestiu a carapuça sem necessidade. Lula não se referiu a ele ou a qualquer outro senador de oposição. Os “pizzaiolos” são governistas, aqueles que trabalham para transformar as CPIs em enormes pizzas. Aliás, pouco adiantará o grito do democrata em defesa do Senado. O “circo de horrores”, denominado pela revista inglesa “The Economist”, caiu em desgraça há tempo e nada tem feito para sair dela. Veja a insistência do presidente José Sarney (PMDB) de se manter pendurado no cargo para esconder o lixo que produziu ao longo do tempo. Tudo bem. Agripino defende a sua saída, mas foi o senador democrata que ajudou a elegê-lo. E, certamente, sabia das coisas nada recomendáveis que Sarney havia feito e que agora chega ao conhecimento da nação numa série de reportagens da imprensa que cobre Brasília. Então, certo Lula. O Senado se transformou em pizzaria. Se eles, os “pizzaiolos”, estão com vergonha da atividade, que se livrem dela. A CPI da Petrobras é a uma ótima oportunidade. Do contrário, mantenham as mãos na massa. Calados.


Luiz Juetê – Jornal Gazeta do Oeste

Depois de visitar familiares em Fortaleza (CE), o deputado estadual Getúlio Rego (DEM) retornou ao Rio Grande do Norte e pegou estrada rumo a região Oeste. Ontem o parlamentar dos Democratas esteve em Pau dos Ferros, Portalegre, Itaú e Riacho da Cruz. Nas próximas semanas, Getúlio Rego pretende visitar alguns de seus familiares na urbe amada por todos. Em relação ao processo eleitoral de 2010, o deputado estadual Getúlio Rego não escondeu o otimismo. Ele raciocina que uma chapa para o Senado da República, com Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM), não deixará qualquer chance para os adversários no embate.


Gilberto Souza – Gazeta do Oeste

O deputado federal João Maia ofereceu na noite dessa quarta-feira, 15, na Churrascaria Porcão no Distrito Federal, um jantar para os prefeitos que participaram da XII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Estavam presentes 48 prefeitos de diversos partidos, além de secretários, como Segundo de Paula e Fátima Morais, ex-prefeitos, vereadores, entre outras autoridades. Para o deputado foi uma noite agradável, onde se pode falar de tudo sobre o Rio Grande do Norte, do desenvolvimento, política, necessidades dos municípios e o que o Governo Federal tem a oferecer.A assessoria do parlamentar informou, ainda, que o deputado João Maia não pode participar da reunião da bancada potiguar com os prefeitos, coordenada pela Federação dos Municípios do Estado do Rio Grande do Norte (FEMURN), porque teve se representar o PR na mobilização da LDO.


Notas da Redação – Jornal Omossoroense

Hoje a governadora Wilma de Faria sancionará a Lei de Libras, de autoria do deputado estadual Fernando Mineiro (PT), que reconhece a Linguagem Brasileira de Sinais como meio de comunicação de surdos no Rio Grande do Norte.
SELO - Wilma também sancionará a lei que cria o selo Boi da Terra e isenta do respectivo imposto a carne do bovino nascido, criado e abatido no RN, além de assinar a mensagem que será encaminhada à Assembleia instituindo obrigatoriedade da realização nos recém-nascidos do
Teste do Olhinho nas unidades de saúde da rede pública do Estado.


Jessé de Souza – Jornal Folha BV

A cultura se integrando
“A escrita é uma coisa, e o saber outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si”. (Tierno Bokar Salif – Mestre africano)
Quem assiste aos programas sérios na televisão sabe do quanto os sérios estão atentos às mudanças no mundo. Mas o mais preocupante é o ângulo pelo qual se veem as mudanças. Elas estão restritas às mudanças climáticas, derrubadas e queima de árvores. Já não é pequeno o número de pessoas envolvidas nas mudanças culturais; mas não o suficiente para agilizar as mudanças no ritmo exigido pelo atraso. A dificuldade que os Pontos de Cultura estão encontrando para agilizar as mudanças está na grandiosidade das mudanças; na diferença que já está fazendo a diferença. Não é simples nem fácil, fazer os educadores, em todos os níveis, perceberem e entenderem a importância das mudanças. Griôs e Mestres de Tradição Oral sempre foram visto pelos educadores, como uma superficialidade. Ninguém valoriza um mestre de tradição oral no valor que ele realmente tem para a cultura na sociedade.
Sem a quebra da tradição inócua não há como inovar. E quando não inovamos não mudamos. Continuamos nos métodos arcaicos de ensino onde não se ensina tanto assim; em que a cultura só chega depois do desgaste, quando ela deveria vir como preparação para o ensino. O que os movimentos de Griôs e Mestres estão tentando fazer é levar para as escolas o que elas, mesmo conhecendo não valorizam: a tradição oral, sempre vista e tida como folclore descartável.
A partir deste ano deverão ser regularizados, em todo o país, os Pontões de Cultura que sustentarão o trabalho dos pontos de cultura. Só nos resta a sistematização das experiências. E estas serão nas escolas e universidades de todo o país. Um dos objetivos principais é a formação de educadores da rede pública de ensino, envolvendo os estudantes nos Pontos de Cultura; a criação dos grupos de griôs-aprendizes, com os quais se consolidarão as mudanças no ensino em todo o Brasil. Daí a necessidade da criação de secretarias de cultura nos municípios. Sem o que não será possível desenvolver, nem o ensino, nem a cultura. De nada vai nos adiantar alegações de que não há verbas para a criação de uma secretaria, no argumento de se criar uma fundação ou coisa assim. Qualquer coisa que se crie que não seja uma secretaria, será uma saída pela tangente.
Vamos mudar nossa visão distorcida sobre a cultura. O movimento griô vem de fora para dentro, não eliminando, mas integrando com harmonia. Pense nisso.

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