quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gripe comum matou quatro este ano no RN e preocupa

A Influenza H1N1, popularmente conhecida como gripe suína, vem assustando muitos potiguares. O alarde e o pânico em torno da doença, no entanto, parecem ser mais intensos do que os males que ela provoca. Dados da Secretaria de Saúde do RN mostram que, este ano, a gripe comum já matou quatro pessoas; a gripe suína nenhuma. Com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, percebe-se que esta é uma situação comum a boa parte das cidades do país.
Em São Paulo, por exemplo, 6.324 pessoas foram mortas pela gripe comum em 2008. Em todo o país, foram 70.142 mortes.“Muita gente não dá a devida atenção à gripe sazonal e ela acaba evoluindo para uma doença mais grave como a pneumonia. Mas esses números não são alarmantes, estão dentro da média brasileira”, explicou o pneumologista Paulo Albuquerque.
Ainda segundo o médico, os idosos são as principais vítimas da gripe comum. Isso porque o sistema imunológico nesta faixa etária já está mais debilitado. Os dados da Sesap confirmam as informações, os quatro óbitos registrados este ano por conta da gripe comum foram de pessoas acima dos 70 anos.
O mesmo aconteceu nos anos anteriores. Das 18 mortes provocadas pela gripe comum - de 2006 a 2009- 15 foram em pessoas com mais de 80 anos. Por isso, é que o Ministério da Saúde promove a campanha de vacinação contra a gripe para os maiores de 65 anos.
Já a gripe A tem acometido principalmente os jovens e adultos. Os órgãos da saúde ainda não têm uma explicação para essa ‘preferência’ pelos jovens, mas acredita-se que é porque eles não tiveram contato com vários tipos de vírus. “As pessoas mais velhas têm uma imunidade melhor porque tiveram contato com um maior número de vírus. Em 1968, por exemplo, houve uma pandemia de gripe e é provável que as pessoas daquela época tenham uma maior resistência a contrair a gripe”, disse a servidora da Sesap, responsável pelo acompanhamento da influenza no Rio Grande do Norte, Stella Leal.
Segundo o pneumologista, a cada 30 ou 40 anos, os vírus da gripe passam por grandes mutações. E a gripe suína é resultado dessas modificações. “As duas gripes são provocadas por vírus, como o H1N1 é uma mutação, ele tem mais infectividade do que os vírus de gripes comuns, por isso os sintomas são mais intensos. O que chama a atenção é que o tipo A (H1N1) é novidade”, disse Paulo Albuquerque. “A mudança brusca de temperatura atrai os vírus. Além disso, no inverno as pessoas ficam mais aglomeradas, o que favorece a circulação do vírus”, disse. Por isso, quem possui histórico de doenças respiratórias como bronquite e asma, por exemplo, deve ter cuidado redobrado. E essa evolução pode ser mais comum do que se imagina. Somente este ano, 307 pessoas morreram vítimas da pneumonia, o que não quer dizer que foi uma evolução da gripe. Mas as probabilidades são grandes, principalmente se os sintomas permanecerem por mais de cinco dias, por isso a Sesap recomenda que “sendo gripe ou resfriado é importante que o paciente procure o médico porque só ele vai diagnosticar a doença e a partir daí prescrever o tratamento correto”, disse Stella Leal.
Extraido do TN omline.

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